Ela não sente de todo tristeza
São as palavras que não param
E disparam como num rompante
Ela prefere acreditar que ainda há
De alguma forma uma identificação
O caminho se cruza, aqui, acolá
Como há anos atrás, olha pra lá
Ver as palavras perdendo força
É como esmorecer a si mesma
Resistência ainda circunda
E a flor que ela é vai mudando
Num tempinho lerdo, nada calmo
Esperando esse murchar disforme
Onde ninguém possa realmente olhar
Porque talvez não haja nada no olhar.
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