terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O chá de hortelã...com camomila

Talvez não seja o melhor momento pra escrever, mas sim pra apostar no chá de camomila.
Na verdade eu o fiz, mas com um pouco de hortelã. Hortelã me lembra minha avó, camomila me lembra todas as vezes que minha cabeça pesava como agora: é preciso manter tudo no lugar.
Talvez eu seja dessas que faz sempre uma tempestade em copo d'água, talvez daqui umas décadas essa expressão não faça sentido pras novas gerações, porque é sempre assim. O tempo passa, as coisas ao nosso redor mudam sem que a gente consiga realmente perceber, é minucioso e em algum momento da rotação da terra, puft: fez-se presente!
Eu te disse que preciso de um tempo, eu não sei exatamente o que isso quer dizer, mas é isso que a gente diz quando o coração está tão apertado, quando seu antídoto em doses excessivas se mostra ser seu veneno. Pode ser que um chá de camomila com hortelã dilua o amargor de se ver sem ter onde se escorar, quando a parede de drywall tenha quase se parecido com aquelas feitas de tijolo.
A verdade é uma grande ilusão, meu amor, e as referências podem ser muitas ou nenhuma, mas ainda assim eu estou aqui, te mostrando a cada passo e palavra espontânea como podemos ser honestas.
Os teus olhos são dos mais bonitos que já pude mergulhar, mas como de costume nos meus vinte e seis anos, eu não sei se era corpo que carrega sangue e ossos imerso nessas águas ou só um sonho daqueles que a gente confunde com realidade, onde o suor é tanto que quase acreditamos ter saído das profundezas de algum oceano.
O meu amor é teu, mas minha confiança eu seguro contra o peito como criança que tira o brinquedo da roda quando não pode brincar. E talvez, na repetição aguda da palavra, talvez, eu não consiga mais dividi-la com ninguém. É que eu cansei de brincar.

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