quinta-feira, 28 de julho de 2016

Poesia aos dezessete

Aos dezessete já nos tocaram os desamores já nos tomaram os destemores Ás dezessete os raios solares já estão baixos os feixes de luz atravessam a persiana Aos dezessete o medo ainda nos toma suores noturnos o alívio do amanhecer nos acaricia os olhos Às dezessete o café ainda é aguado no desajuste das medidas a fumaça que intoxica e alivia é necessidade Aos dezessete esses que adentram a madrugada, em dose dupla que tornam mais próximos os vôos alçados que dão lugar às novas quedas (e que se machucar é inevitável) E as dezessete
previsões de um inverno manso nos dezessete dias 'vinte e sete do sete': os largos sorrisos, os laços e os braços compridos o choro contido, o caos do quarto dissolvido. E daqui, dos meus quase vinte e seis vividos o desejo quase juvenil é de que seus barcos sejam guiados apenas pelos bons ventos, e que a ressaca e as tempestades, se vierem, sejam reconfortadas por manhãs azuis turquesa e a certeza do vinculo criado e recriado todo dia desde que navegavam juntas nas águas amnióticas. Com carinho à Lana Lopes e Raíssa Lopes

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