quinta-feira, 28 de julho de 2016

Porques

Porque eu não pude ir, Laura?
Eu nem sei como se usam os porquês 
Passei anos tentando entender 
Hoje faço teorias inconsequentes 
Invento teoria pras regras gramaticais 
E pro dissabor do coração
É sempre o mesmo script, Laura.
O carinho contido nas mãos
A vontade crua e genuína
De deixar os dedos dançarem.
Já é tarde, Laura, e você não é ninguém.
E pode ser um infinito, um longo infinito.
Porque eu não pude ir, Laura?
Porque muda tanto o gostar mesmo depois de tanto gozar.
Daqui dali acolá
Meu coração adormece sem respostas.

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