Eu sei que hoje eu sofro o que você não sofre, me doem as pernas, a cabeça e a alma. Mas eu estou tocando na ferida, limpando-a e fazendo curativos diários. As vezes bato nela sem querer, dói mais um pouquinho e logo volta a se regenerar lentamente. Você não está nem olhando sua ferida, está evitando-a enquanto ela não te arde dos pés ao pescoço (a cabeça eu sei que já dói). Mas um dia, meu bem, quando eu me curar ela não me pegará mais, olharei para uma cicatriz sobre a pele e sentirei alívio, talvez eu nem pense em olha-la pois terá realmente passado.
Eu e você passaremos em mim e em você a dor será sentida quando não houver mais como recuperar os tecidos, os músculos, os ossos, te restará amputar a sangue frio, seja na primavera ou no inverno, no inferno.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
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