segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Filha de Oxúm

Nossos corpos entrelaçados 
lançados, laçados aos céus
enquando sua voz sussurada 
num quase ritmo desconhecido
me arranca um olhar aguerrido

O mundo se faz esvaído
quando me retorço no teu dorso
ainda que a tempestade ácida
repita a saga das árvores ocas
tudo lá fora se faz mudo


E num impulso d'alma, eu digo
Vem!

que na tormenta das águas turvas
das correntezas das tuas curvas
filha de Oxum não afunda




Nenhum comentário:

Postar um comentário