quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Mentiras

Que a mentira venha a galope enquanto eu tento de todas as formas desenhar nossos corpos nús.
Que teus olhos tão acesos e imensos ludibriem os meus enquanto eu cuido pra que nada nosso desbote.
Que enquanto você fala o que tua alma nem sabe o que sente eu bote tudo no lugar por nós duas.
Nosso alimento: meu e seu
Nossos sustento: meu e seu
Nossa sede: minha e sua
Que você mantenha a fumaça dessa erva daninha, danosa, nos pulmões, enquanto eu adubo essa terra infértil e faço a estrutura pra subir as paredes que vão sustentar as tuas mentiras.
Eu achava que eu era tão minha aos dezessete, como você acha que é.
Eu perdi tudo, das minhas roupas a minha identidade, achando que aquelas mentiras eram as minhas maiores verdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário