terça-feira, 30 de maio de 2017

O terminal

Me instiga quem se agrada aos terminais
Há saudade em percurso nos passos
Ainda que naqueles que não tem laços
E a madrugada estrada a fora te leva
Atravessando milhas em partida leve
O tempo se fragmenta nos encontros
E o nosso fez-se nas ondas sonoras
Que no desencontro dos nossos tons
Inventamos o encontro e a despedida
Na velocidade cíclicas dos terminais
O embrulho não pegou o estômago
De súbito teu corpo que me embrulhou
E a noite se calou num beijo longo
Nas melodias compostas e postas
Entregamos nossos corpos ao caos
Da certeza indissolúvel da despedida
Dissolvidas nos fluídos dos poros
Que de certo umedeceram os lençóis
Os lábios e as coxas entrelaçadas
Dissecada, ressecada no terminal.

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